sábado, 6 de fevereiro de 2010

naquele dia em que te deixei partir

Talvez desse tempo, mas não conseguia pensar em mais nada. Eu estava ali nua na sua frente como de costume minhas mãos estavam tremendo desesperadamente e logo bem rápido minhas pernas passaram a acompanha-las tive medo de mim mesma meu corpo todo começou a tremer e as lágrimas a escorrer alagando bruscamente meus olhos era preciso fazer alguma coisa!!!!! Eu não admitiria NUNCA admitir mas eu estava em PÂNICO! Me perdoa meu amor! Minha cabeça só me permitia um comando: te tirar dali e precisava ser com minhas próprias mãos eu tentei tentei tentei com toda minha força eu sempre ODIEI isso em você por que tão maior que eu? Você gostava de falar de mim mas nunca me achei pequena demais.... você sim você sim grande demais! Grande demais pra mim naquele dia eu percebi você não coube nos meus braços não coube na minha força não coube no meu desespero. Desculpe por não ter gritado por não ter pegado o telefone e feito uma ligação. Talvez desse tempo, mas não conseguia pensar em mais de uma coisa. Devia talvez ter escolhido me deitar ao seu lado e ter te acompanhado naquele momento mas nem isso eu fiz talvez nem te levantar eu tenha tentado talvez meu esforço todo tenha sido para me manter apoiada sobre meus pés e pra conseguir te enxergar eu precisava disso pra obedecer meu comando e isso talvez de salvasse.

Hoje se alguém quiser me encontrar vai me ver deitada ali, no último lugar que você esteve. Não cozinho mais, só preparo o café, as vezes. Meu corpo está tomado por uma pele morta. Meu coração bate devagar. O Diogo me conta histórias bonitas, com alguma esperança de que eu as escute. A Dominique me liga sempre pra eu lembrar de sua doçura mesmo estando longe. A Patrícia tenta me alimentar e o Caio vem cotidianamente e se senta do meu lado. Ele já sabe quando é o dia que é possível fazer alguma coisa, as vezes não fala nem oi, mas fica sentado ali, sentado.

2 comentários:

Anônimo disse...

eu tento t alimentar com alfajor!!

Caio Riscado disse...

pelos bancos da vida...