segunda-feira, 24 de maio de 2010

Desculpa,

Vocês estão brigando. Sinto. Brigar hoje já não faz mais sentido. Eu queria espaço, queria tempo, queria saber o que faço com o meu sentimento. Eu estou apaixonado e a CASA quer me colocar na rua. Ela não entende que eu sou devagar, tenho medo de me expor e me exponho pelas beiradas. A CASA não me dá uma ajuda, não me serve um café, não se preocupa mais comigo e nem com o meu corpo. Eu não sei o que fazer e a CASA caga para isso. Eu não sei se conto tudo a ele, só para ele. Não sei se conto para um amigo, só para um. Não sei se conto para uma amiga, só para uma. Não sei. Sinto-me com 13 anos de idade. Como se estivesse, mais uma vez, vivendo minha primeira paixão. Mas não. Sou alguém de 21 anos de idade que ainda não aprendeu a lidar com sentimentos da ordem do gostar, gostar muito e amar. Não aprendeu a separar as coisas e, de repente, encontra-se perdido. Tudo misturado. VidaObraTrabalhoAmizadeCorpo. Tudo junto, integrado. Eu gosto. Mas não sei se deveria continuar agindo dessa forma. Ás vezes, penso que as coisas são simples e que a revelação deste sentimento não implicaria em mudança alguma. Outras, penso em tempestade, discussão, mal entendido e por ai vai. Não sei, de fato, o que fazer e, neste momento, não quero dividir com vocês o meu sentimento. Mas minha dúvida, meu medo do abismo, minha insegurança em usar biquíni em dias nublados. Só isso.

grito para Dominique

Dominique,
não me venha com essa pergunta, faça-me o favor. A possibilidade da minha dor não é possibilidade, eu sinto dores que não te incluem, muitas outras e não te incluem mesmo. Porque você nem sabe. Você nem me sabe. Agora vem com essa pergunta!? inacreditável, sua capacidade de complicar as coisas, arrumar problema, onde não tem. Dor é dor, todo mundo sente, tem até médico pra isso sabia!? Agora, não me venha com esse papo meu amor...é por isso que jogo, JOGO SIM, a responsabilidade pra cima de você. Mas você não me conhece né, porque se olhasse um pouco pra mim, ia ver o quanto sei que ela é minha também, a responsabilidade. Mas é IMPOSSÍVEL, eu ter a sensação de que ela fica muitas vezes só na minha mão, agora, você me desculpa, mas não dá, não dá pra eu te ouvir, te perceber, sem ser percebida, respondida e ainda ficar com a responsabilidade toda pra mim. Responsabilidade entre 2 não é tomar uma decisão quando a coisa ficou feia, isso é IRRESPONSÁVEL Dominique. Não lidar com o que existia de concreto, que você também ajudou a construir. Se você ficou no meio agora o problema é SEU. Isso, estou gritando mesmo, eu grito você sabia!? Não sabia né, mas eu grito, sou xiliquenta, tenho um monte de defeitos que você nunca soube, porque sou humana e andei querendo evoluir, mas queria evoluir junto. Só que você não né, ficou parada aí, no meio, cavando a sua cova. Só não quero ver você remexendo nela, isso me dói também sabia!? Algum dia as pessoas precisam agir. Algum dia as pessoas precisam gozar, com medo ou sem medo. Isso serve pra mim também tá, não pensa que eu estou tirando o corpo fora não. Muito pelo contrário. Bom, estou gritando sim, entendo tudo que você fala, só não assino em baixo. Talvez você devesse ter ouvido eu gritar antes. Que horror, chegar nesse ponto, com tão pouca ação de fato. E não pense que da próxima vez, alguém, alguma outra pessoa que estiver dentro da situação como eu estive vai entender um pouco melhor. Não vai. Porque você está se colocando sozinha, no meio. Repito Dominique: se volta pra você pra poder se voltar pra fora, achar suas saídas, seus espaços. O tempo tá passando e você não sabe até onde vai chegar. E NÃO ME VENHA COM XURUMELAS!! FAÇA-ME O FAVOR, VOCÊ JÁ É ADULTA. CHEGA.

domingo, 23 de maio de 2010

tudo se modifica. UMA HORA OU OUTRA.

Porque quando você diz isso, você joga em mim a responsabilidade por nós dois. Não é que eu preferisse não saber. Mas eu não sei o que fazer com isso. SEI. Então. A gente chegou aqui. Exatamente aqui, no limite do entre. QUANDO A GENTE TA NO MEIO, A GENTE VAI PARA FRENTE OU VAI PARA TRÁS? Me pergunto. Eu não mais posso estar aqui, sem saber. TÁ. Me ajuda. Me leva para frente com você ou me diz que é melhor eu voltar. Não me deixa te ferir. Porque é assim. É preciso que você saiba. Nesse lugar que eu to, eu vou acabar te magoando. ENTÃO FOGE.Vai para frente ou para trás. Fica comigo e me convence que isso é o certo. Eu queria " permitir o gozo, sem medo". Essa coisa de ser afeto , de afetar e afetar-se. Mas o que que eu faço com a possibilidade da sua dor?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

rapidinho,

COMO ASSIM??? EM 1º PLANO??? O QUE É, O 1º PLANO!!?? OLHA PRA VOCÊ. OLHA O QUE VOCÊ FEZ COM TODO ESSE 1º PLANO. FOI TUDO PRO LIXO. LIXO. PRA QUE, CRIAR REGRAS, LAÇOS, PERCEBE!? FOI PRO LIXO, ISSO QUE VOCÊ FALA. MEU DEUS, QUE HORROR. QUER DIZER QUE NADA AGORA PODE SER MAIS MODIFICADO!? POR QUE "1º PLANO" ENTÃO, HEIM!? HEIM!? NÃO EU NÃO ESTOU GRITANDO, NEM FAZENDO AMEAÇAS, NEM TE COLOCANDO CONTRA A PAREDE. EU TENHO MAIS O QUE FAZER. FAÇA-ME O FAVOR....OLHA, É SIMPLES, BEM MAIS SIMPLES: DEPOIS NÃO DIZ QUE EU NÃO AVISEI, MAS TUDO SE MODIFICA, UMA HORA OU OUTRA, VAI PRO LIXO, PRA TERRA, COM SORTE VIRA ADUBO.

Cafeína



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Ass.: Patrícia Teles

Feio Horizonte

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Cartas espero!
Ass.: Patrícia Teles

segunda-feira, 17 de maio de 2010

eu vou levar a coca-cola

e-mail 25 de abril de 2010

"Não entendi pq vc me deletou do seu perfil do orkut, pensei que vc fosse minha amiga de verdade...é triste..infelizmente hj em dia as pessoas tratam as outras como mercadorias descartáveis.. =/"

Bilhete em cima da mesa, ao lado do vaso de flores, caneta bic aberta, ao lado do copo do suco de laranja que você tomou:

gente, por favor, vamos nos ver?

precisamos pensar juntos sobre essa casa.

esse epaço.

esse tempo.

esse momento.

eu vou levar a coca-cola, o Di vai cozinhar, a Dóris fica responsável pelo mate e a Dods pela sobremesa, o biscoitinho. Depois, todos juntos, a gente faz p café. Eu vou levar os cigarros, é claro. Como também vou levar meu caderno e minhas anotações. Eu não sei vocês, mas estou com saudades.

olha, isso não é uma cobrança. nem muito menos uma bronca. é uma vontade de vê-los. estamos todos atolados, eu sei. mas se não nos vemos... o amor fica pelas beiradas. eu quero o amor dentro. entre. no meio.

um beijo,

Caio Riscado.

domingo, 16 de maio de 2010

tempo e espaço

Alguma hora as coisas teriam que fazer mais sentido, se não ficaria impossível, insuportável. É claro, por isso que tinha alguma coisa errada. Ouvi um dia desses falarem que somos muito parecidos, engraçado que eu, apesar de entender não via muito sentido nisso. Lógico. Sim, eu falei o tempo todo sobre a inocência, com tanta inocência que nem me dei conta. Descobri que é através dela que consigo enxergar vida em minhas vivência. Nos primeiros olhares, naquilo que é genuíno. Mas não nos encontramos no mesmo lugar de vida, o problema foi esse...sabia que tinha alguma coisa estranha! Uma sensação de que aquilo, de que a minha maneira de olhar, a minha inocência, não estavam sendo tocadas, não havia um movimento recíproco, mas ok. Tudo bem, as pessoas são diferentes mesmo. Mas se não havia inocência em você o mínimo que podia ter era admiração pela minha, pelo que existia em mim, comigo e que eu estava ali, dividindo com todo amor, dividindo aquilo que eu acredito, dividindo aquilo que ia me fazer ver vida em nós, aquilo que daria espaço pro que é genuíno, mas não encontrei nem a admiração. Nossa só ontem percebi o quanto demorei e tive que esperar pra ouvir você falar pra mim sobre mim, e eu fiquei ali, falando falando falando, de você, pra você, de todas as maneiras, com toda inocência que eu podia achar em mim naquele momento. Sincero. Não quero mais esperar, não daquele jeito, agora quem espera é meu corpo, mas corpo é matéria, matéria que vai se desfazendo pra você nessa espera. Lógico que algo além pode ser resgatado desse corpo, mas vamos ver até onde ele vai durar pra você. Esse corpo tem muitas memórias que você não conhece e marcas, cortes, deslocamentos e descobertas cotidianas que você não acompanhou e não acompanha. Bom, enquanto isso ele vai se alimentando de outros.
O que era, inveja? Inveja da minha inocência. Não tem problema. Talvez tenha problema pra você, que perdeu nisso a beleza de tudo. Acho que você devia mesmo tentar olhar as coisas com mais beleza. Não estou pedindo pra você ter uma coisa que você não tem, é só pra você brincar, colorir, rearrumar os móveis, dançar, usar uma droga, fazer uma loucura. Você faz!? Mostra isso pra mim. Eu topo. Nisso, isso.
Tô rindo de mim mesma, talvez eu esteja brincando demais, brincando com algo mais sério, que talvez não tenha jeito mesmo, talvez eu tenha que cair fora de vez, mas vou insistir mais um pouquinho e dar permissão pra essa pulsão que ainda sinto aqui.
Estava com saudades.
Levando na brincadeira está mais fácil e por isso está. Mesmo que eu leve na brincadeira sozinha(que pena), pelo menos vou me divertir e tenho muitas pessoas pra dividir o riso mesmo. Está mais leve, estou bem, estou muito bem.
É por isso que não tinha você do meu lado.
impressionaste, né!? Como demorei pra enxergar, acho que é porque tudo isso está tão distante de mim, do que eu acredito, que fica difícil perceber mesmo.
Distante de mim e de você. Olha, escuta, quando falei que você devia se voltar pra você mesmo, pensar mais em você, não estava falando sobre prioridades, ou algo do tipo. Você não entendeu, ai deu aquela resposta: "eu já sou egoísta demais", algo assim...bobagem.
Eu estava falando de algo um pouco mais íntimo, mais físico, sobre a pele, sobre as células, os sistemas, sanguíneo, respiratório, digestivo, sobre o sexo,...estava falando de você estar, ficar mais próximo de você mesmo. É que pra mim você não está só distante de mim, mas de você. Aí você ia ver que as vezes, quando entendemos o que a vida fez com a gente, quem somos, e do que somos feitos, a matéria, percebemos que dá pra amar assim mesmo, permitimos o gozo, sem medo. Se nos assumirmos, sem apontar tanto para os outros, os outros que passaram por nós, aí podemos admirar o outro que está aqui, agora, com suas inocências, o genuíno que falei antes, do nosso jeito, sem precisar sugar tanto assim em abraços longos...
porque agora isso não vai ser só do outro mas meu também, porque eu me permiti, como sou, sentir algo no mesmo tom e em relação ao que estão me oferecendo, dando respostas, criando espaços, trocas.
As vezes abraços são importantes, mas eles precisam ser desdobrados em outras ações, onde nossas pulsões podem ser vivenciadas com mais intensidade.
Vamos juntos, começar, ou recomeçar, por coisas, ações simples, pra abrir espaço seja lá pro que for. Podemos ler seu caderno juntos. Ação número 1. Ou não.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Outra rima:

me viciei em desamor
me viciei em fazer de meus sentimentos,
lembrança.
me viciei e agora não sei,
como se dança?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Apetite

Eu vou casar com você. E  ser seu vicio. Que maldade a sua, sempre me jogar contra parede e me culpar por ter me dado seu corpo inteiro. EU VOU CASAR. E te causar outros vícios. E me causar outras dores. Outra doses de paredes quebradas. EU VOU. Sem essa maldade que você me destinou, continuarei bebendo e sendo carregada, regada como planta pelos meus. Vou nos sujar de varias cores, e sexos, e lama. Só te pedi um lugar, pequeno, no seu corpo em que eu pudesse me compartilhar. Deixe-me.



                                                                                                                      Eu vou me casar com você.

Com Você e com os SEUS. E CASAR com a CASA E com As memórias com MedOS . E compartilhar deveres e me obrigadar a ler seu livro preferido. E entender de OUTRA ciência. E casar com seu desejo pelo quarto ao lado. Pelo corpo do outro. Pelo roçar da cama do vizinho de cima. CASAR COM  A CASA. com as cascas. com o dentro e o fora. Com seu corpo, seu pelo colado. Com nossa (des)vontade de ,já, fazer sexo. Com a incompreensão de mim mesma. Vou com você. Só não me dê tempo de entender o que isso significa.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

homorragia.

me viciei em me sentir vivo.

me viciei em ter você assumindo meus riscos.

me viciei em fumar seu corpo e não mais cigarros
em cheirar seu sexo e não mais este incenso abstrato.

me viciei em desmarcar compromissos para te entreter.

me viciei em ser macaco deste circo para dois.

me viciei em fazer faxina para você passar.

me viciei em me limpar para você sujar.

me viciei em ser engraçado para você rir
em ser justo correto e modesto
para você mais de mim exigir.

me viciei naquilo que não posso falar.

me viciei na sua pele.

me viciei na sua pele.

me viciei na sua mensagem
no seu telefonema
na sua grosseria
na sua falta de educação
na sua poligamia
na sua indefinição
na sua desculpa
na sua vergonha
na sua egotite
na sua ópera seca
na sua roupa aérea
na sua boca etérea

eu me viciei em te dizer sim
eu me viciei em te dizer sim
eu me viciei em ser o motorista
o mordomo
o segurança
que te trazia pós-balada
sujo e bêbado
mas a mim
sempre a mim

me viciei, é fato

resto agora à boca seca
deixando o vento apagar seu rastro
para viciar-me de novo
e de novo outro vez
em outro caso
improdutivo
impossível
ímpar

e hemorrágico.

a cicatrização de um diabético demora mais que o comum.

ainda bem. tem-se a sensação de que se está morrendo.

e isso distrái.

preenche o dia.

dá outra cor.

outra rima.