sexta-feira, 6 de agosto de 2010

imperativo

por que estamos falando assim?
será que já não chega, chegou, irá, chegar!?
Alguma hora
nosso ar vai ficar seco e rarefeito nesse espaço que já não comporta tantas mudanças, tantas transformações rejeitadas, recusadas. Foram brigas e discussões de domingo a quarta. me lembro bem da última:
eu fiquei no chão, sentada chorando e lembramos de anos atrás, do armário, não achei graça, você achou como quem vê de fora.
O problema é que você está dentro de todas as lágrimas.
entre soluços você resolveu que queria saber de mim, me ouvir.
chorei um pouco mais, de emoção dessa vez.
de amor.
gosto quando você resolve conversar entre nós. A partir de mim e não só de você.
Nesses poucos momentos em que você olha pra frente porque eu tô aqui.
coisa de pai e filho ou algo parecido, como deveria ser.
obrigada por esse instante.

Um comentário:

Anônimo disse...

a isadora tá falando do pai dela??? tô confuso.